O Espaço Urbano - Roberto Lobato Corrêa - Projeto Geografando

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10 julho 2015

O Espaço Urbano - Roberto Lobato Corrêa

O Espaço Urbano - Roberto Lobato Corrêa



O Livro

No presente estudo, Corrêa faz uma interpretação sobre a cidade como o espaço  urbano que pode ser analisado como um conjunto de pontos, linhas e áreas ou ainda considerá-lo como forma espacial em seus vínculos com estrutura social, com processos e funções urbanas, que possui uma temática que pode ser avaliada da a partir da percepção de uma população, ou seja, dos agentes formadores deste espaço.
O espaço urbano pode ser abordado e analisado de várias formas e diferentes usos da terra podem ser definidos como centro da cidade, local de concentração de atividades comerciais, de serviço e de gestão, áreas industriais, áreas residenciais distintas, pois ele é fragmentado e articulado, um conjunto de símbolos e campo de lutas, então a sociedade aparece em suas dimensões, materializada nas formas espaciais.
Segundo Côrrea, os grandes agentes sociais do processo de produção do espaço, são:
Proprietários dos meios de produção: são os grandes consumidores de espaço, necessitando de terrenos amplos e baratos que satisfaçam requisitos inerentes às atividades das empresas com localização estratégicas junto a portos, vias férreas ou locais de acesso à população.
Proprietários fundiários: são os proprietários das terras que atuam afim de obter maior renda fundiária de suas propriedades e seu interesse é em relação ao valor de troca da mesma e não no seu valor de uso, sendo que alguns dos proprietários poderão muitas vezes ter suas terras valorizadas por investimentos públicos, realizados devido a sua influência.
Promotores imobiliários: são agentes que realizam operações como, financiamento, estudo técnico, construção e comercialização, produzindo habitações que visam aumentar sua margem de lucro a partir de estratégias como inovações, valor de uso superior às antigas, obtenção de um lucro maior, o que ocasiona a exclusão das camadas populares.
Estado: organiza espacialmente a cidade, de forma complexa e variável tanto no tempo como no espaço, com instrumentos legais que contribuem com a sua atuação, como: direito de desapropriação para compra de terras; dispositivos legais que regulam o uso do solo; monitoramento de restrição dos preços das terras; limitação da superfície da terra de que cada um pode atribuir; impostos fundiários e imobiliários variáveis de acordo com a dimensão do imóvel, uso da terra e localização; tributação de terrenos livres, levando ao uso completo do espaço urbano; mobilização de reservas fundiárias públicas, alterando o preço da terra e regulando a ocupação do espaço; gasto de recursos públicos na produção do espaço, por meio de obras de drenagem, desmontes, e provimento de infraestrutura; composição de mecanismos de créditos à habitação; e pesquisas, operações-testes como materiais e procedimento de construção, também o controle de produção e do mercado deste material.
Grupos sociais excluídos: pertinentes às pessoas que não possuem renda para aquisição de um imóvel de forma legal, ou que permita manter o pagamento de aluguel, projetando-os assim a morarem de forma irregular em cortiços ou em áreas de invasão.
Referente ao item do texto: “Um exemplo concreto: o bairro de Copacabana”, a atuação dos agentes modeladores não se faz de forma isolada e sim em conjunto, sempre através da transformação do espaço, pois todos estes processos sociais são frutos de uma sociedade capitalista, que recriam formas espaciais e funções, constituindo sua própria organização urbana. A importância da rede urbana tem sido associada ao planejamento baseado na economia, que reduz o entendimento do seu papel no desenvolvimento do capitalismo.








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