Trustes, Cartéis e Conglomerados
Desde o final do século XIX, em cada setor da economia - petrolífero, elétrico, siderúrgico, têxtil, ferroviário, etc. - passaram a predominar algumas grandes empresas, que ficaram conhecidas como trustes. Os trustes costumam controlar todas as etapas da produção, desde a extração da matéria-prima da natureza e sua transformação em produtos até a distribuição das mercadorias. Quando os trustes, ou mesmo as empresas de menor porte, fazem acordos entre si estabelecendo um preço comum, dividindo os mercados potenciais e, portanto, inviabilizando a livre concorrência em determinado setor da economia, criam um cartel.
Diferentemente do que acontece no truste, no cartel não há perda da autonomia das empresas envolvidas. O truste resulta de fusões e incorporações ocorridas em determinado setor de atividade, como aconteceu, sobretudo, com empresas petroleiras e automorfísticas, que se tornaram gigantescas. Já o cartel é consequência de acordos entre empresas, em geral grandes, com intuito de compartilhar determinados setores da economia, controlar os preços dos produtos no mercado e combinar preços em licitações públicas. Esse preços abusivos acordados entre as empresas, inibem a concorrência no setor em que ocorrem - elevando o preço dos produtos e prejudicando os consumidores - e a concorrência em obras públicas - elevando os preços e prejudicando o contribuinte-cidadão. No Brasil, a formação de cartel é um crime contra a a ordem econômica.
Muitos trustes construídos no final do século XIX e no final do século XX transformaram-se em conglomerados. Resultaram de um ampliado processo de concentração de capitais e de uma crescente diversificação dos negócios. Os conglomerados, também chamados grupos ou corporações, visam dominar a oferta de determinados produtos ou serviços no mercado e são o exemplo mais bem-acabado de empresas do capitalismo monopolista. Controlados por uma holding, atuam em diferentes setores da economia. Seu objetivo é a manutenção da estabilidade do conglomerado, garantindo uma lucratividade média, já que pode haver rentabilidade média em cada setor e em cada empresa do grupo.
Por exemplo, a Petrobras no Brasil. Ela é a maior empresa brasileira, que atua no setor energético, incluindo a exploração , a produção, o refino e a comercialização de petróleo, e na distribuição de seus derivados - gás natural, biocombustíveis e energia elétrica. A Itaúsa, o Bradesco, a Vale, a Ultrapar e a Votorantim também são importantes conglomerados brasileiros.
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