Produção de chocolate pode acabar nos próximos 30 anos por causa do aquecimento global - Projeto Geografando

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03 janeiro 2018

Produção de chocolate pode acabar nos próximos 30 anos por causa do aquecimento global


Especialistas temem que o mundo possa ficar sem chocolate nos próximos trinta anos porque as plantas de cacau estão lutando para crescer em climas mais quentes. A árvore de cacau prospera em condições úmidas, dependendo de fortes chuvas próximas ao equador. Mas a ameaça do aumento das temperaturas nas próximas três décadas significa uma perda de umidade no solo, que os cientistas dizem que não serão compensados ​​pela chuva.

O cacau só se desenvolvem nas áreas 20º ao norte e sul da Linha do Equador e em condições climáticas bem especificas, incluindo temperaturas bastante uniformes, alta umidade, chuva abundante, solo rico em nitrogênio e proteção contra o vento. Em suma, os cacaueiros prosperam nas florestas tropicais. Os principais produtores mundiais são a Costa do Marfim, o Gana e a Indonésia. A Costa do Marfim e o Gana produzem mais de metade do chocolate mundial. Entretanto, por conta do aquecimento global, esses países terão um aumento de 2,1ºC até 2050, e uma redução acentuada na área de cultivo adequada.

Fazenda no município de Ilhéus, na Bahia em 2015. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de cacau e suas áreas produtoras já sofrem com redução na produção por conta das mudanças climáticas. 

O perigo para o chocolate provém de um aumento na evapotranspiração, especialmente porque as temperaturas mais altas projetadas para a África Ocidental em 2050 provavelmente não serão acompanhadas por um aumento da precipitação, de acordo com os cenários de emissões de dióxido de carbono como habituais. Em outras palavras, como temperaturas mais altas espreitam mais água do solo e das plantas, é improvável que as chuvas aumentem o suficiente para compensar a perda de umidade. Além disso, a demanda por chocolate cresceu nos países ocidentais, fazendo com que a indústria de chocolate entrasse em deficit em 2017. Enquanto o consumo aumenta, as áreas propicias a produção do cacau diminuem. Com isso, agricultores de Gana e Costa do Marfim migram para áreas protegidas onde às condições de cultivo são melhores dos atuais lugares, prejudicando o ecossistema local.

Fonte: NOAA


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